NÃO JULGUEIS= DEIXE-ME PECAR EM PAZ
Não julguem apenas pela aparência, mas façam
julgamentos justos".
João
7:24
Amados, não creiam em qualquer espírito, mas
examinem os espíritos para ver se eles procedem de Deus, porque muitos falsos
profetas têm saído pelo mundo.
1 João 4:1
Amados, este artigo tem como o intuito de
levar você à um estudo, à uma análise e reflexão, no tocante ao julgamento e
avaliação de pessoas e erros. E muito comum ouvirmos pessoas dizerem o
seguinte: “Não julgue, não critique”, mas, sabemos que o julgamento no sentido
de condenar pessoas só é permitido ao Senhor Deus. Ele é quem pode condenar e
absorver. Mas, por outro lado, devemos observar que muitas pessoas querem se
esconder neste versículo, para poder continuar pecando livremente, cometendo as
vis paixões, as concupiscências da carnes, as heresias e extremismos. Usam o
versículo da Bíblia “não julgueis” para eximir-se da sua responsabilidade
cristã de não pecar, de arrepender-se e de santificar-se. Claro que todos nós
pecamos, muito ou pouco, mas, pecamos, por pensamentos, palavras, omissões,
decisões e atitudes.
Precisamos avaliar pessoas, atitudes e
comportamentos alheios sim, sejam de cunho religioso, político, social e cultural.
Não podemos condenar, humilhar, envergonhar, maltratar ninguém, sim, é verdade,
entretanto, a correção, a exortação, o conselho à luz do texto sagrado, à luz
das santas Escrituras deve sim ser feito no tempo correto. Todo cristão genuíno
deve zelar pelos princípios bíblicos, doutrinários, pelos bons costumes, pela
moral, pela ética, tudo baseado nas santas Escrituras e na vontade do Espírito
Santo. A crítica construtiva deve ser executada, deve ser colocada de forma
coerente, equilibrada e no tempo certo. A crítica construtiva é importante. O
pecado deve ser denunciado, o erro deve ser combatido, e a sã doutrina deve ser
pregada, doa à quem doer. Preserve a sã doutrina de Cristo.
O
“não julgueis” virou sinônimo de: “deixe-me pecar em paz”. Vamos analisar as consequências das más
interpretações deste versículo:
1- O risco de bagunça gospel
Se
não podemos criticar para o bem baseado nas sagradas Escrituras, as pessoas
perderam os limites, adotarão extremismos, exageros, e viverão uma vida cristã
de bagunças e desordens em “nome de Deus”, desordens que me refiro dentro e
fora da casa de Deus. Não seja omisso(a) e conivente com estas práticas. Pregue
o correto. Combata o erro, não às pessoas, combata as heresias, desordens,
extremismos, e o pecado, não o ser humano. Leia:
“Na presença de Deus e de Cristo Jesus, que há
de julgar os vivos e os mortos por sua manifestação e por seu Reino, eu o
exorto solenemente: Pregue a palavra, esteja preparado a tempo e fora de tempo,
repreenda, corrija, exorte
com toda a paciência e doutrina.”
2
Timóteo 4:1-2
2-Risco do secularismo
Corre-se
o risco de enquadra-se no secularismo, no materialismo, que são crenças
distantes da Bíblia, algo laico, sem Deus, sem a lei divina, e sem parâmetros morais
e bíblicos. Já que você e eu não podemos julgar, criticar, ou avaliar as
informações, doutrinas, atitudes e comportamentos alheios, as pessoas poderão
fazer o que lhe dão “na telha”. Estão livres para agirem, pensarem e falarem o
que quiserem, pois, não há uma “boca”, uma fala, para dizer se está certo ou
errado, não existirá parâmetros para as pessoas. Principalmente os cristãos
incorrerão no erro do secularismo, e, deixarão a preciosa palavra divina de
lado. Cuidado! Leia:
“Eu o exorto solenemente, diante de Deus, de Cristo Jesus e dos anjos eleitos, a que procure
observar essas instruções sem parcialidade; e não faça nada por favoritismo.”
1
Timóteo 5:21
3-o perigo do pecado deliberado
Corre-se um sério risco de cairmos no pecado deliberado, ou seja, pecar
à vontade, de forma firme e decidida, pois, não há regras, limites, restrições,
cobranças, parâmetros bíblicos expressos para moldar a vida da pessoa. Se o
“não julgueis” prevalecer, viveremos um evangelho de pecado deliberado, as
pessoas farão o que quiserem, pecarão à vontade, e seremos coniventes com os
erros, pecados, heresias, desordens e extremismos. Deve-se julgar segundo a
reta justiça, leia e verás:
“Não julguem apenas pela aparência, mas façam
julgamentos justos".
João
7:24
Devemos examinar os espíritos, verificar quem
são os falsos profetas e combater o erro, combatendo o bom combate da fé. Vamos
ler:
“Amados, não creiam em qualquer espírito, mas
examinem os espíritos para ver se eles procedem de Deus, porque muitos falsos
profetas têm saído pelo mundo.”
1 João 4:1
“Irmãos, peço que suportem a minha palavra de exortação; na verdade o que eu escrevi é pouco.”
Hebreus
13:22
4-o perigo do relativismo moral e cristão
Este famoso “não julgueis” é muito
arriscado, porque pode desencadear um processo lento e constante de um
relativismo, ou seja, as pessoas podem acharem que a Bíblia é um livro
qualquer, ou parte das Escrituras devem ser seguidas e outras partes não, ou, começarem
a buscar para si interpretações particulares e serem os seus próprios mestres.
Há um sério risco de não seguirem mais pela diretriz da Palavra divina, e pela
direção do Espírito Santo. Cristãos podem relativizar o certo e o errado, como
muitos já fazem nos EUA e Europa. Aqui no Brasil já vemos muito isto, pois é,
este famigerado e mal interpretado “não julgueis”, que por
sua vez, é bem mal interpretado e pregado, causa um mal sem precedentes, e o
mesmo deve ser combatido.
O não julgueis, não deve ser sinônimo de “deixe-me pecar em paz”.
Infelizmente, tem sido em nossas comunidades eclesiásticas.
Julgar
é o mesmo que formar juízo acerca de, observar, pensar, ter em conta, supor,
ponderar, o mesmo que examinar, provar, avaliar, Leia:
"Amados, não creiais a todo espírito, mas
provai se os espíritos são de Deus; porque já muitos falsos profetas se têm
levantado no mundo." (1 João 4:1)
5- O perigo da viagem só de ida para o inferno
O famigerado e mal interpretado “não
julgueis”, pode ter levar para o inferno, pode levar os teus familiares, mãe,
filho, esposa, tio, irmã, etc, para o inferno, bem como, pode levar os seus
colegas, amigos, vizinhos e irmãos da igreja para o inferno.
Devemos julgar segundo a reta justiça,
sabendo interpretar este tão conhecido versículo, julgar e avaliar de forma
coerente o erro, pecado, desordem, extremismo e exageros cometidos, sem
condenar, humilhar, ofender e envergonhas as pessoas. A Bíblia deve ser
interpretada à luz do seu contexto, à luz dos “originais bíblicos”, sob a
supervisão do Espírito Santo. Devemos avaliar, aconselhar, exortar, admoestar
em amor, de forma bíblica e eficiente. Devemos tratar pecado como pecado, e
ajudar os pecadores nas suas fraquezas, limitações, tentações, paixões,
desejos, á melhorar, mas, para isso devemos falar, pregar, denunciar os
pecados, erros, heresias, desordens, etc. Se não falarmos, como poderemos
combater o errado? Uma grama de bom senso, vale mais do que uma tonelada de
argumentos! As Escrituras devem ser usadas para a repreensão, para a instrução,
correção, para conselhos, sim. Leia e verás:
“Toda a
Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a
correção e para a instrução na justiça, para que o homem de Deus seja apto e
plenamente preparado para toda boa obra.”
2 Timóteo 3:16-17
“Sejam praticantes da palavra, e não apenas
ouvintes, enganando vocês mesmos.”
Tiago 1:22
“Exortamos vocês,
irmãos, a que advirtam
os ociosos, confortem os
desanimados, auxiliem os fracos, sejam pacientes para com todos. Tenham cuidado
para que ninguém retribua o mal com o mal, mas sejam sempre bondosos uns para
com os outros e para com todos. Alegrem-se sempre. Orem continuamente. Deem
graças em todas as circunstâncias, pois esta é a vontade de Deus para vocês em
Cristo Jesus. Não apaguem o Espírito. Não tratem com desprezo as profecias, mas
ponham à prova todas as coisas e fiquem com o que é bom. Afastem-se de toda
forma de mal.”
1 Tessalonicenses
5:14-22
“Se
por estarmos em Cristo nós temos alguma motivação, alguma exortação de amor, alguma comunhão no Espírito, alguma profunda
afeição e compaixão, completem a minha alegria, tendo o mesmo modo de pensar, o
mesmo amor, um só espírito e uma só atitude. Nada façam por ambição egoísta ou
por vaidade, mas humildemente considerem os outros superiores a vocês mesmos.
Cada um cuide, não somente dos seus interesses, mas também dos interesses dos
outros.”
Filipenses
2:1-4
“Na presença de Deus e de Cristo Jesus, que há
de julgar os vivos e os mortos por sua manifestação e por seu Reino, eu o exorto solenemente: Pregue a palavra, esteja preparado a tempo e fora de
tempo, repreenda,
corrija, exorte com toda a
paciência e doutrina.”
2
Timóteo 4:1-2
“Não julgueis segundo a aparência, mas julgai segundo a reta
justiça.” (João 7:24)
Penso que este versículo bíblico é suficiente para se entender que
para se fazer justiça tem que haver um julgamento:
"Fazer justiça e juízo é mais aceitável ao Senhor do que
sacrifício". (Pv 21:3)
Para distinguir o certo do errado temos que fazer julgamento:
"Então voltareis e vereis a diferença entre o justo e o ímpio; entre o
que serve a Deus, e o que não o serve" (Ml 3:18)
Julgar é o mesmo que formar juízo acerca de, observar, pensar, ter
em conta, supor, ponderar, o mesmo que examinar, provar, avaliar:
"Amados, não creiais a todo espírito, mas provai se os espíritos são de
Deus; porque já muitos falsos profetas se têm levantado no mundo." (1
João 4:1)
"E aconteceu que, no outro dia, Moisés assentou-se para
julgar o povo; e o povo estava em pé diante de Moisés desde a manhã até a
tarde." (Êxodo 18:13)
Se perdermos o senso critico então somos levados por todo o vento
de doutrinas… exactamente o que estamos a ver: os "espertalhões"
tentam calar a boca de quem diz a verdade!
Hoje é proibido proibir exactamente por causa do famoso amor de um
"novo" evangelho (humano) que esta a ser apregoado.
É-nos proibido julgar, (cristãos) gratuitamente, ou seja quando
avaliamos (julgamos) os erros ou maneiras dum ser humano, reparar nos defeitos
do outro, ou no que veste ou come…
Julgar as pessoas, o seu coração, intenções etc. (cabe a Deus):
“E porque reparas tu no argueiro que está no olho do teu irmão, e não vês a
trave que está no teu olho? Ou como dirás ao teu irmão: Deixa-me tirar o
argueiro do teu olho, estando uma trave no teu? Hipócrita, tira primeiro a
trave do teu olho, e então cuidarás em tirar o argueiro do olho do teu irmão.” (Mt
7.3-5)
“Portanto, és inescusável, quando julgas, ó homem, quem quer que
sejas, porque te condenas a ti mesmo naquilo em que julgas a outro; pois tu,
que julgas, fazes o mesmo.” (Rm
2.1)
Portanto, um adúltero não pode julgar outro, um ladrão não pode
julgar outro ladrão, um mentiroso não pode julgar outro, e por aí…
Antes de alguém querer julgar a seu semelhante, convém avaliar
(julgar) a si próprio. Recordar:
“Porque com o juízo com que julgardes sereis julgados, e com a medida com
que tiverdes medido vos hão de medir a vós.” (Mt 7:2)
"Examinai tudo. Retende o bem." (ITs 5:21)
EXAMINAR TUDO!! Examinar não
significa também julgar…provar?!
Portanto, quando toca à defesa da Sã Doutrina, todo o cuidado é pouco: o que
faziam os Bereanos? Não julgavam (examinavam) os ensinos de Paulo?
Por acaso, por amor, eles apenas ouviam e engrupiam tudo? Ou
conferiam as Escrituras? Era Amor pela Verdade (não pode ser separado) e não
desamor para com Paulo!
Ora, se não houvesses ali um "julgamento" (se era ou não
verdade), eles nunca comparariam os dizeres de Paulo com a Palavra de Deus.
Como poderá alguém reconhecer o pecado se não julgar, ponderar?
Quando se diz: “quem sou eu para julgar o meu irmão?”,
simplesmente estamos a abrir mão da disciplina do Senhor nosso Deus!
“Condutores cegos! que coais um mosquito e engolis um camelo.” (Mt
23:24)
“Não deis aos cães as coisas santas, nem deiteis aos porcos as
vossas pérolas, não aconteça que as pisem com os pés e , voltando-se, vos
despedaçem.” (Mt 7:6)
Como saber o que são as coisas santas, as pérolas, e quem são os
porcos, se vimos tudo com a mesma bitola e não "julgamos"??
Corremos o risco de lidar e aceitar o perverso e adúltero por
amor? Amor a quem?!?
“Mas agora vos escrevi que não vos associeis com aquele que,
dizendo-se irmão, for devasso, ou avarento, ou idólatra, ou maldizente, ou
beberrão, ou roubador; Com o tal nem aínda comais.” (I Co 5:11)
“Porque tais falsos apóstolos, são obreiros fraudulentos,
transfigurando- se em apóstolos de Cristo.” (II Co 11:13)
Se não pudermos "julgar" estas situações como vamos
obedecer a Deus?
Como vamos reconhecer o lobo com pele de cordeiro?
Como saber se a mensagem pregada é fraude ou não?
"Então Deus disse a Salomão: Porquanto houve isto no teu
coração, e não pediste riquezas, bens ou honra, nem a morte dos que te odeiam,
nem tampouco pediste muitos dias de vida, mas pediste para ti sabedoria e
conhecimento para poderes julgar o meu povo, sobre o qual te constituí
rei." (II Cr 1:11)
"O rei que julga os pobres conforme a verdade, firmará o seu
trono para sempre." (Pv
29:14)
"Naqueles dias, não havia rei em Israel, porém cada um fazia
o que parecia reto aos seus olhos." (Jz 21:25)
Infelizmente também é o que assistimos hoje, em nome do amor
esquecem que duas coisas precisam andar sempre juntas : VERDADE e AMOR.
"Graça, misericórdia, paz, da parte de Deus Pai e da parte de
Jesus Cristo, o Filho do Pai, serão conosco em VERDADE e AMOR". (II Jo 1:3)
"O ancião ao amado Gaio, a quem eu AMO em VERDADE." (III Jo 1:1)
"Mas o que é espiritual discerne bem tudo, e ele de ninguém é
discernido." (I
Co 2:15)
Amado Teophilo, o que fizeram com tantos irmãos nossos, entre
tantos lembre Estevão, João Baptista e principalmente o Senhor Jesus.
Falar a verdade hoje é ofensa é politicamente incorrecto… é
dissenssão!!
As fraudes são aplaudidas em grandes shows de améns e aleluias,
mas as pessoas gostam disso.
"Sai dela povo meu" é um aviso muito sério que o nosso
Senhor faz, quem perdeu o senso de justiça não pode julgar, isso é claro, daí
aceitam tudo, participando alegremente do pecado.
O Amor de DEUS é JUSTIÇA.
Continue firme no seu trabalho para a obra do Senhor nosso Deus,
muitos de nós seremos perseguidos e quiçá mortos, mas obedecer é pregar a
Verdade das Escrituras doa a quem doer deixo esta palavra de conforto:
"… que pregues a palavra, instes a tempo e fora de tempo,
redarguas, repreendas, exortes, com toda a longanimidade e doutrina. Porque
virá tempo em que não sofrerão [suportarão] a sã doutrina; mas, tendo comichão
nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme as suas próprias
concupiscências."
(IITm 4:2-3)
Deus o abençoe!
MARANATA!
Conclusão
Cuidado irmão(ã), com o “não
julgueis”, este versículo
não pode ser mal interpretado e usado para ser sinônimo de “deixe-me pecar em paz.” Devemos combater o erro, engano, as
falácias e artimanhas do diabo, com a sã doutrina, com o bom combate da fé, com
as armas espirituais, com o jejum, oração, devoção diária ao Eterno, com a
comunhão íntima com o Espírito Santo, mas, com a pregação bíblica genuína, com
a denúncia do pecado, do erro, das mentiras, sejam elas de cunho político,
filosófico, econômico, social, moral, cultural ou religioso. Pense nisso,
analise estes versículos.
“Mas agora vos escrevi que não vos associeis
com aquele que, dizendo-se irmão, for devasso, ou avarento, ou idólatra, ou
maldizente, ou beberrão, ou roubador; Com o tal nem aínda comais.” (I Co 5:11)
“Porque tais falsos apóstolos, são obreiros
fraudulentos, transfigurando- se em apóstolos de Cristo.” (II Co 11:13)
Se não pudermos "julgar" estas
situações como vamos obedecer a Deus?
Que Deus te abençoe muito, um forte abraço,
Márcio de Medeiros-11/09/2022
Sites consultado:
https://www.bibliaon.com/julgar_ou_nao_julgar/
https://glaucianunes43.wordpress.com/2011/04/22/no-julgueis-segundo-a-aparncia-mas-julgai-segundo-a-reta-justia-joo-724-atalaia-teophilo-info/
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